domingo, 8 de fevereiro de 2009

SUBSECRETÁRIO DE CULTURA DE CAXIAS EXPULSA DE TEATRO GRUPO PREMIADO

As arbitrariedades do tempo da ditadura militar estão sendo ressuscitadas em Duque de Caxias. Depois do fechamento da Biblioteca Dr. Moacyr Rodrigues do Carmo, na Câmara Municipal, outro duro golpe foi desfechado esta semana, desta vez contra as artes cênicas. O autor foi o Subsecretário de Cultura, João Carlos Francisco Barreto que - pasmem - é "imortal" da Academia Duquecaxiense de Letras e Artes (ADLA) e que faz parte dos quadros da Escola de Samba Acadêmicos do Grande Rio.
Ele despejou, em nome do Prefeito Zito, o Centro de Pesquisas Teatrais-CPT, ex-Grupo Tudo Sob Controle, que atuava há quase 20 anos no Teatro Municipal Armando Mello-TEMAM, onde foi responsável pela formação dev centenas de novos atores, muitos deles hoje no mercado de trabalho, e que, ao longo de sua trajetória, conquistou dezenas de prêmios em festivais em inúmeras cidades do País. O grupo é o criador do Festival de Teatro de Duque de Caxias, que reúne anualmente grupos de vários estados brasileiros.
Pelo visto, é a "nova era Zito" mostrando sua verdadeira face.

Leia o que publicou hoje o Jornal Extra:

4 comentários:

  1. Deve ser por causa de membros assim que essa tal Academia de Caxias tem uma má fama, o mesmo acontecendo com a Grande Rio.

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  2. Respeito e admiro o trabalho do diretor e ator Guedes Ferraz, mas acho que o Teatro Armando Mello é um equipamento público municipal e como tal deve estar a serviço de todos os grupos que produzem artes cênicas na cidade e não apenas de uma companhia.

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  3. Esse "equipamento público municipal" esteve durante anos sob escombros e foi o Guedes, ainda na gestão do dr. Moacyr do Carmo e do professor Stélio, que o teatro voltou a ser uma oficina de artes cênicas. O resto é apenas desestabilização desse esforçado ator, que está levando bolada nas costas.
    Certamente tem muita gente de olho em seu lugar.

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  4. Ainda não entendi essa história direito, confesso. Que eu saiba o Armando Mello é público e como qualquer patrimônio público deve estar aberto à todos. Eu mesmo tive a honra de fazer curso de teatro lá com o saudoso Paulo Renato e lembro que o teatro era aberto. Havia sempre, inclusive, um show de algum artista da cidade, toda quarta feira. Eu mesmo atuei lá com a peça " O tempo e o vento" de Maria Clara Machado. Falar que o CPT foi despejado me parece uma coisa estranha. O teatro estava arrendado ao CPT?
    O Guedes tem um belíssimo trabalho na área teatral e não posso concordar que seu grupo seja proibido de atuar no Armando Melo, nem o CPT nem nenhum outro grupo teatral da cidade, diga-se de passagem.Afinal de contas um teatro serve basicamente para isso.
    Mas do jeito que a coisa é colocada fica a impressão de que o grupo havia se apossado do Teatro, o que, tenho certeza, Guedes jamais faria.
    De um modo geral, no entanto, creio que as pessoas apegadas a cultura em Duque de Caxias devem se preparar para o pior. O atual Governante, Zito, odeia ouvir falar em cultura. Infelizmente isso é um fato. O povo de Caxias elegeu um Governante pouca coisa mais evoluído intelectualmente do que uma vespa. Mesmo quem fez campanha para ele sabe disso. E sabe também que nos próximos 3 anos e 10 meses nos será servida uma sopa de marreta.
    Exatamente por isso é importante lutar para que os nossos teatros ( TEMAM, Raul Cortês...) estejam abertos a todos. Nem O CPT, grupo do Guedes, nem qualquer outro grupo ou artista da cidade pode ser proibido de utilizar um aparelho público. Isso seria um retorno ao fascismo.

    Um abraço

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