sábado, 15 de agosto de 2009

Lindberg desce a lenha


O Prefeito de Nova Iguaçu, Lindberg Faria, escrevendo no Jornal O Dia, desceu a lenha em Sérgio Cabral e na tese do palanque único para Dilma no Rio de Janeiro. Parcialmente, Lindinho esta correto.
Se Sérgio Cabral for o único palanque de Dilma no Rio a candidata corre sério risco de naufrágio. Em dois anos e meio de Governo não há uma só ação Governamental no Estado que possa ser atribuída a Sérgio. Ou, pelo menos, nenhuma que seja positiva.
Quase todas as fitas cortadas por Cabral até o momento ou se referiam à obras realizadas por Garotinho e Rosinha, ou a obras do Governo Federal, apadrinhadas por Lula.
Se o processo eleitoral pudesse ser comparado ao jogo de palitinhos, teríamos de ante mão a certeza de que Sérgio Cabral abriria de lona.
Como se não bastasse a escassez de realizações, o filho de Sérgio Cabral tem contra ele a estapafúrdia política de segurança que, ao contrário de todas as recomendações legais, trata o cidadão pobre como criminoso até que se prove o contrário.
É tão evidente a política genocida de Cabral que a própria arquidiocese do Rio de Janeiro teme que a escolha do tema violência para a campanha da fraternidade provoque um recrudescimento da ação policial. O Arcebispo do Rio sabe que a única referencia do Desgoverno do Estado é a mídia e sabe o quanto isso pode ser perigoso.
O volúvel Prefeito de Nova Iguaçu, portanto, tem razão quando defende três palanques para Dilma, pois sabe que Cabral, sozinho, poderia provocar um desastre.
Por outro lado, no entanto, certamente não caberá à Lindberg, como o próprio dá a entender, uma candidatura de esquerda e com caráter popular. O Histórico político do Prefeito não permite esta avaliação.
Estudante profissional até bem pouco tempo, Lindberg sempre pôs seus ovos, e devidamente os chocou, no ninho da classe média alta , sobretudo jovens, da zona sul carioca. Sua repentina aparição em Nova Iguaçu, inclusive, deixou estupefato boa parte de seu eleitorado. Indiscutivelmente, no entanto, o ex- militante radical de esquerda teve a competência necessária para vencer as eleições fora de seu território natural, mesmo que para tanto tivesse que sacrificar no altar do poder todo o cabedal ideológico com que construiu sua carreira e sua fama.
Este perfil de estudante rico com discurso de guerrilheiro deixa Lindberg à quilômetros de distância de qualquer concepção popular e , mesmo evocando Brizola, como fez no artigo, o cacoete “burguês” lhe trairia o discurso.
Realmente não deve ser fácil ser Prefeito de uma cidade da Baixada Fluminense e ter que se deslocar até a zona sul cada vez que tem vontade de tomar um chope. Mais pode até ser que no trajeto entre uma região e outra, observando o colossal abismo cultural e financeiro que as separa, o Prefeito aprenda alguma coisa.
Seu guru, Vladimir Palmeira, tentou bastante. Infernizou o PT até que este finalmente cedesse e lhe permitisse uma candidatura a Governador e o resultado foi o fiasco que se viu. Mas enfim, são pessoas e momentos diferentes, por mais estreitas que sejam suas relações.
De um modo geral, no entanto, seria interessante para Dilma a candidatura de Lindberg Faria. Daria a candidata um apoio considerável tanto na Zona sul da capital, quanto nas camadas sociais mais abastadas de Nova Iguaçu e , além disso, emprestaria à Dilma um certo ar aventureiro e ideologicamente romântico.
Somando-se à isso, a campanha realmente popular de Garotinho lhe traria uma enxurrada de votos vindos do interior e de toda a região metropolitana e lhe garantiria no Estado uma votação bem próxima aquela que o próprio Lula recebeu quando apoiado por Garotinho, no segundo turno de 2002.
Isso tudo, no entanto, é o que seria bom para Dilma. Bom para o Rio de Janeiro seria ter Lindberg concorrendo ao Senado, apoiando Garotinho para Governador, e se preparando para Governar o Estado daqui a quatro ou oito anos.

sábado, 8 de agosto de 2009

Renúncia Já!!!!

Recebi hoje um e-mail do Josué Cardoso me dando uma notícia boa: A OAB encampou nossa proposta e esta defendendo a renúncia coletiva do Senado.
Na verdade isso seria um sonho, nos livrarmos de uma tacada só dos 81 coronéis e cangaceiros que assolam o País.

Torço para que a OAB, com poderes bem mais amplos que nosso modesto Blog, consiga levar essa campanha aos 4 cantos do Brasil.
Renúncia Já !!!
De todos os Senadores.


Vicente Portella

segunda-feira, 3 de agosto de 2009

Sarney usa Collor e Calheiros para tentar desmoralizar Pedro Simon

■ O senador Pedro Simon (PMDB-RS) teve que enfrentar sozinho duas velhas raposas da política nacional hoje, dia 3, no plenário: Renan Calheiros (PMDB-AL), líder do partido, e Fernando Collor (PTB-AL). O bate-boca ocorreu quando Simon fazia um discurso pedindo a renúncia de José Sarney (PMDB-AP) da presidência do Senado, quando Calheiros pediu um aparte. Os dois, a partir daí, começaram a discutir. O ex-presidente da República cassado entrou na discussão logo depois.

Pedro Simon, uma das poucas vozes do Senado que vem defendendo a saída do presidente da Casa José Sarney, foi intimidado pelos dois políticos alagoanos mas não se curvou aos dois. Collor disse que Sarney não pode dobrar-se à imprensa.

A situação de Sarney agravou-se durante o recesso de julho pela divulgação de uma sequência de diálogos gravados pela Polícia Federal (PF) com autorização judicial que revelaram uma conversa de seu filho Fernando com sua neta, em que ela pedia uma vaga no Senado para o namorado. Na sexta-feira última, dia 31, uma decisão judicial proibiu o jornal “O Estado de S. Paulo” de publicar reportagens com dados sigilosos da Operação Boi Barrica, da Polícia Federal, que investiga Fernando e que deu origem às gravações telefônicas.

Mais cedo, Sarney disse que não foi consultado sobre a decisão dos advogados de seu filho de entrar na Justiça com o pedido de proibir o jornal de realizar as reportagens. “Não fui consultado sobre essa iniciativa, de exclusiva responsabilidade dele e de seus advogados, e por isso é uma distorção de má-fé querer me responsabilizar pelo fato”, diz. O presidente da Casa negou hoje receber pressão de Fernando para que deixe o cargo.