segunda-feira, 3 de agosto de 2009

Sarney usa Collor e Calheiros para tentar desmoralizar Pedro Simon

■ O senador Pedro Simon (PMDB-RS) teve que enfrentar sozinho duas velhas raposas da política nacional hoje, dia 3, no plenário: Renan Calheiros (PMDB-AL), líder do partido, e Fernando Collor (PTB-AL). O bate-boca ocorreu quando Simon fazia um discurso pedindo a renúncia de José Sarney (PMDB-AP) da presidência do Senado, quando Calheiros pediu um aparte. Os dois, a partir daí, começaram a discutir. O ex-presidente da República cassado entrou na discussão logo depois.

Pedro Simon, uma das poucas vozes do Senado que vem defendendo a saída do presidente da Casa José Sarney, foi intimidado pelos dois políticos alagoanos mas não se curvou aos dois. Collor disse que Sarney não pode dobrar-se à imprensa.

A situação de Sarney agravou-se durante o recesso de julho pela divulgação de uma sequência de diálogos gravados pela Polícia Federal (PF) com autorização judicial que revelaram uma conversa de seu filho Fernando com sua neta, em que ela pedia uma vaga no Senado para o namorado. Na sexta-feira última, dia 31, uma decisão judicial proibiu o jornal “O Estado de S. Paulo” de publicar reportagens com dados sigilosos da Operação Boi Barrica, da Polícia Federal, que investiga Fernando e que deu origem às gravações telefônicas.

Mais cedo, Sarney disse que não foi consultado sobre a decisão dos advogados de seu filho de entrar na Justiça com o pedido de proibir o jornal de realizar as reportagens. “Não fui consultado sobre essa iniciativa, de exclusiva responsabilidade dele e de seus advogados, e por isso é uma distorção de má-fé querer me responsabilizar pelo fato”, diz. O presidente da Casa negou hoje receber pressão de Fernando para que deixe o cargo.

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